Dia de Feira



"Não importa é feira ah.." É isso que andam fazendo dos sentimentos, uma feira popular.. uma feira universal. Talvez o único tipo de comércio barato que não faz distinção de raça, sexo, religião, partidos políticos...Deviamos nos sentir privilegiados? Há um grande "marketeiro" , engravatado, amassado, de sapato fino, de pé descalço.. gritando na praça pública do bom senso : - Duas mil lágrimas por dois centavos! Chega mais, chega mais.. Só hoje! Seis bilhões de almas vazias e chorosas por um segundo de paz!Dois mil anos do que chamamos de uma civilização geradora de conhecimento, para mim soa mais como a geração dos destroços..não, me engano.. meu filhos, netos..serão a geração - sobrevivente dos - destroços..Hoje destroem plantas, pessoas..pessoas..pessoas.. Banalizaram a beleza, jogaram ao lixo o valor interior, deram cordas de enforque para os apaixonados. Lhes disseram que tudo aqui é um ensaio sobre a cegueira, entramos em laboratórios fotoquímicos antigos e revelamos somente o que nos era conveniente.. Jogamos para baixo do tapete nossos problemas e a responsabilidade que temos de manter o coração que nos ama batendo, quando se vão..choramos.. a velha frase de que só se da valor quando perde. Perder mais?
Está dificil encontrar esperança, dificil provar aos próprios humanos que tudo que é matéria se vai..e o que é de sentimento fica. Está difícil não dizer "adeus", já é difícil dizer "até logo".. até quando será difícil dizer " eu te amo" ?
Não sabemos mais o que nos faz feliz, não sabemos mais a quem fazer feliz, não sabemos nem se tudo isso aqui é mesmo com esse objetivo, a tal busca da felicidade. Sabe, é melhor morrer tentando, pode ser que haja outra vida, pode ser que não... por via de dúvida...faça o melhor hoje, bem ou mal, é essa a vida que se tem.


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De francês não sei,
não conheço nada.
De mim talvez eu conheça
saiba um pouco.
Aqui é só meu quadro branco, as folhas de rascunho
que incomodam quando a mão treme pedindo um lápis.
O making of de uma vida,
que assiste quem quiser.